“Amin Cassar” realiza projeto sobre ganhadora do Nobel da Paz
Por: Bruno Rodrigues
A professora da Escola Municipal “Prof. Amin Cassar”, Nicleia Pereira Silva, desenvolveu junto aos estudantes do 3º ano B o ‘Projeto Malala – A menina que queria ir para a escola’. Nicleia montou, junto aos alunos, um mural com trabalhos realizados durante a leitura do livro, pinturas e escritas de algumas cartas e bilhetinhos para a garota. Além disso, as crianças pesquisaram no mapa-múndi a localização do Paquistão.
O trabalho realizado abordou a história da garota paquistanesa Malala Yousafzai, que quase perdeu a vida por querer ir à escola. Quando tinha dez anos ela viu sua cidade ser controlada pelo grupo extremista Talibã. Armados, eles vigiavam o vale do Swat noite e dia e impuseram muitas regras aos moradores locais. Proibiram a música e dança, baniram as mulheres das ruas e determinaram que somente os meninos poderiam estudar.
O projeto conta que, em 9 de outubro de 2012, quando voltava de ônibus da escola, Malala sofreu um atentado a tiro. “Poucos acreditaram que ela sobreviveria. Porém, Malala resistiu e passou a ser a mais jovem ganhadora do prêmio Nobel da Paz. Ela é um grande exemplo de como uma pessoa e um sonho podem mudar o mundo”, salientou a professora Nicleia.
A jornalista Adriana Carranca visitou o vale do Swat dias depois do atentado. Hospedou-se com uma família local e conta no livro ‘Malala – A menina que queria ir para a escola’ tudo o que viu e aprendeu por lá.
A partir da leitura do exemplar foi vivenciado um momento de reflexão, por meio de roda de conversa, com diversos questionamentos como: “Por que as meninas não têm os mesmos direitos que os meninos?”; “Como pode uma menina não ter medo de enfrentar tantos perigos para chegar até a escola?”; “Por que existem guerras?”; “Por que os pais não fazem festa quando uma menina nasce?” e constatações como “Onde vivo, não existem guerras, assim como no país da Malala, por isso devo valorizar a minha escola”.
“O trabalho mostrou que Malala foi ensinada desde pequena a defender aquilo em que acreditava, por isso, passou a lutar pelo direito de continuar estudando. Ela fez das palavras a sua arma”, salientou Nicleia.
De acordo com a orientadora pedagógica, Vanessa Viviane Glauser Santos, os pais ou responsáveis que tomaram conhecimento das correspondências produzidas pelas crianças emocionaram-se, pois viram que nos textos refletiram-se os valores passados também pela família.
“Por meio do projeto, foram abordados conteúdos que puderam permear nos alunos o sentimento de empatia tão necessário nos dias atuais, além de descobrirem o real significado da função social da escrita que é a comunicação”, enfatiza Vanessa.
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