Casos de dengue caem e Saúde planeja ações para 2º semestre

Por: Silvia Arruda – ssajo@sorocaba.sp.gov.br

A Secretaria da Saúde de Sorocaba (SES), por meio da Área de Vigilância em Saúde, divulgou na tarde desta quinta-feira (18) os números atualizados de casos de dengue no município. De acordo com o último boletim epidemiológico, do dia 27 de maio até o dia 12 de junho foram registrados 248 novos casos, totalizando neste ano 14.556 confirmados laboratorialmente e 38.316 por critério clínico-epidemiológico (52.872 casos em 2015). Diante da acentuada queda de registros observada nas últimas semanas, a SES está priorizando neste momento as ações educativas e preventivas, e trabalha no planejamento das atividades para o segundo semestre.

“Diante da queda brusca dos casos de dengue nas últimas semanas, podemos dizer que saímos do estado de epidemia. Mas continuamos em alerta máximo. Neste momento a Saúde está trabalhando ações educativas e preventivas contra a doença, mas, é claro, já pensando no segundo semestre. Vamos apresentar ao prefeito a programação da Vigilância em Saúde e as necessidades da área, como compra de equipamentos e contratação de pessoas por exemplo”, disse o secretário municipal da Saúde, Francisco Antônio Fernandes.

Mesmo com a queda dos casos de dengue em Sorocaba, Fernandes reforça o pedido à população para que mantenha os hábitos preventivos contra o mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti. “As equipes da Zoonoses continuam retirando uma quantidade muito grande de possíveis criadouros do mosquito de dentro dos imóveis e isso é muito preocupante. Todos devem fazer a sua parte, retirando os materiais inservíveis que possam acumular água, bem como permitir que os agentes entrem em suas casas”, alertou.

A Zoonoses prossegue com a programação de ações de combate à dengue, como os arrastões, visitas casa a casa e nebulização costal. A nebulização pesada segue até o fim deste mês e terá uma pausa a partir de julho, devido às condições climáticas.

Até a última sexta-feira foram confirmadas 33 mortes por dengue em Sorocaba; outras 17 foram descartadas e 13 estão sob investigação.

Números e balanços

O secretário da Saúde apresentou também outros números relacionados à dengue neste ano em Sorocaba e fez uma análise da epidemia enfrentada pelo município.

“Aprendemos com a epidemia de dengue que o município tem uma rede de saúde que consegue, de maneira difícil, abranger um crescimento de demanda que chegou perto de 30% em algumas unidades. Também observamos que o município dispõe de alternativas muito rápidas para fazer o tratamento específico de uma doença, até certo ponto desconhecida no município devido ao volume de casos, aliando agilidade, rapidez e qualidade no atendimento”, comentou.

A implantação dos dois Centros de Monitoramento da Dengue (CMDs) – Zona Leste e Zona Norte – também foi, na opinião do secretário, fundamental para controlar a epidemia na cidade. “Conseguimos ‘segurar’ a dengue nos momentos mais difíceis – os meses de março e abril – com a implantação dos Centros de Monitoramento. Essas unidades fizeram a diferença, pois evitaram o agravamento dos casos e, claro, mais mortes pela doença”, analisou Fernandes.

Desde que começou a funcionar no dia 6 de março, até o dia 5 de junho, o CMD Zona Leste fez 16.895 atendimentos. Já o CMD Zona Norte, entre os dias 15 de abril e 23 de maio, realizou 2.576 atendimentos. A Unidade Básica de Saúde (UBS) da Vila Fiori, que abriu nos fins de semana para atender casos de dengue (entre os dias 7 de março e 26 de abril) atendeu 4.172 pessoas somente nos sábados e domingos. A UBS Lopes de Oliveira fez 5.811 atendimentos, também só nos fins de semana, entre os dias 7 de março e 3 de maio.

“Estes números representam cerca de dez mil atendimentos por mês no período mais crítico da epidemia de dengue. Estas quatro ‘frentes’ aliviaram o movimento das Unidades Pré-Hospitalares (UPHs) e dos Prontos Atendimentos (PAs) e não tivemos maiores complicações na rede. Estas ações fizeram a diferença”, opinou o secretário.

A SES deve apresentar, em agosto, o balanço final dos casos de dengue registrados no primeiro semestre de 2015.

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