A importância da implantação de espaços destinados ao lazer e da manutenção da qualidade ambiental nas cidades é cada vez maior. Dentro deste contexto, faz-se necessária a adoção de medidas que tenham como objetivo a diminuição dos efeitos negativos produzidos pela urbanização acelerada e desordenada. Não há como pensar em uma cidade sustentável sem iniciativas que estimulem o desenvolvimento e conservação de áreas verdes. Por isso, é preciso por em prática políticas públicas que valorizem a conservação e a preservação da natureza, visando o tão almejado desenvolvimento sustentável, com espaços destinados ao lazer e contemplação; espaços preservados e planejados dentro do perímetro urbano, que contribuem para o equilíbrio entre as relações da população com seu meio ambiente.

É dentro deste objetivo que foi criada a Comissão Especial de Estudos para Elaboração do Sistema de Espaços Públicos do Município, cuja primeira reunião foi realizada na manhã de hoje. A Comissão, liderada pelo secretário de Planejamento e Projetos, Luiz Alberto Fioravante, envolve ainda representantes das secretarias de Conservação, Serviços Públicos e Obras (Serpo), Meio Ambiente (Sema), Assuntos Jurídicos e Patrimoniais (SAJ) e Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae).

“Nosso foco principal é elaborar, por meio de uma força tarefa envolvendo essas secretarias e o Saae, um amplo estudo onde iremos apontar a melhor utilização dos parques e espaços públicos existentes em nossa cidade, pensando nesses espaços como locais que, a partir de uma gestão exclusiva, muito mais do que a simples conservação ambiental, possam oferecer à população lazer, recreação, espaço de convívio, contemplação, atividades culturais e esportivas, entre outros benefícios que representam a qualidade de vida, semelhantes aos que encontramos em outras cidades fora do País, como em Frankfurt, na Alemanha”, explicou o secretário Fioravante.

Frankfurt, a cidade que é sede do Euro e reconhecida como um dos principais centros financeiros do mundo, é também a urbe mais sustentável, de acordo com o Sustainable Cities Index. O cinturão verde, que ocupa quase um terço da cidade, contribui para os 140 quilômetros quadrados de vegetação, perfazendo 58,2% da área do município. O perímetro urbano tem mais de 40 parques e 50 lagos e lagoas. “Frankfurt é um exemplo a ser seguido”, completa Fioravante.

Estudo já elaborado demonstra que Sorocaba tem em suas áreas verdes públicas potencial para ampliar de 26 para 48 o número de parques e espaços públicos, passando dos atuais 2.500.000 metros quadrados para 8.450.000. “Quando adequadas e atrativas essas áreas verdes e parques, são determinantes para a realização de atividade física e o lazer. Estas atividades trazem diferentes benefícios psicológicos, sociais e físicos a saúde dos indivíduos, como, por exemplo, a redução do sedentarismo e amenizar o estresse do cotidiano urbano”, ressalta e completa: “Assim, o planejamento correto e a conservação de parques públicos se revelam como significativa estratégia para uma política efetiva do projeto urbano e da saúde pública. Estudos Constatam que a beleza da paisagem e a proximidade de um parque, ao local de moradia dos usuários, são os principais fatores que incentivam uma utilização frequente para a atividade física e o lazer.”

O presidente da Comissão e titular da Seplan, Luiz Alberto Fioravante, destaca ainda que para a viabilização do projeto deverá buscar apoio da iniciativa privada e afirma que a participação da sociedade é fundamental com apresentação de propostas, sugestões e, até mesmo, críticas, por meio da disponibilização dos dados para consulta pública tão logo o estudo preliminar seja concluído.

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