Criadouros de Aedes recolhidos pela SES somam 410 t de janeiro a abril
Por: Eduardo Santinon – esantinon@sorocaba.sp.gov.br

Foto: Zaqueu Proença
A Divisão de Zoonoses da Secretaria de Saúde (SES) de Sorocaba fechou o mês de abril com o recolhimento de 102,8 toneladas de inservíveis e pneus que podem acumular água dentro de imóveis na cidade. Assim a quantidade total removida pelas equipes este ano, de janeiro até o fim de abril, somam 410,3 toneladas. Os materiais são propícios à formação de criadouros de larvas do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e das febres chikungunya e zika, e foram removidos durante ações de arrastão e bloqueios dessas doenças, que prosseguem de forma ininterrupta.
Conforme levantamento da SES, das 102,8 toneladas retiradas em abril, 53,4 toneladas eram de pneus e 48,68 toneladas de outros tipos de materiais, como restos de móveis ou materiais de construção, garrafas, brinquedos velhos, caixas d’água quebradas, vasos e aparelhos eletrônicos danificados, entre outros. Em janeiro foram 101,4 toneladas (58,5 de pneus e 42,8 de inservíveis), em fevereiro mais 102,54 (61,6 de pneus e 40,9 de outros criadouros), e 104,3 toneladas em março (57,29 de pneus e 47,02 de demais inservíveis).
“As quantidades retiradas são bem significativas. Continuamos priorizando as áreas onde há ocorrências de casos confirmados e suspeitos, para fazer o bloqueio da doença”, explica o biólogo da Divisão de Zoonoses da SES, João Ricardo Pereira Ennser. As ações consistem nas visitas domiciliares, de casa em casa, para remoção de possíveis criadouros, que são levados ao Aterro de Inertes da Prefeitura, e orientação à população.
Bairros
Nesta semana, as visitas de casa em casa estão programadas para ocorrer no Jardim Josane, Vila Gabriel, Paineiras, Barcelona, Jardim Abaeté e Ipanema Ville. Já as nebulizações, por meio de aplicação de inseticida dentro dos imóveis, ocorrerão na Vila Jardini, Parque Vitória Régia, Jardim Sandra, Jardim Montreal, Vila Progresso, Jardim Montevidéu e Vila Progresso, caso as condições climáticas estejam favoráveis.
“Estamos dando uma atenção especial à região da Vila Progresso, Vila Gabriel e Jardim Maria do Carmo, por que foi constatado um aglomerado de casos de dengue”, enfatiza o biólogo. Ele esclarece que quando não é possível fazer a remoção de algum possível criadouro de larvas do Aedes, os agentes de saúde fazem o tratamento do local, com a aplicação de larvicida. Nesse sentido, a Divisão de Zoonoses ainda mantém vistorias frequentes em imóveis considerados especiais, onde vivem pessoas que costumam acumular materiais recicláveis.
Conforme o último boletim epidemiológico divulgado pela SES em 28 de abril, desde julho de 2015, Sorocaba acumula 301 casos de dengue (223 autóctones e 78 importados). O maior número de ocorrências positivas foi identificado nas áreas das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) Márcia Mendes (28), Vila Haro (21), Parque São Bento (20), Sorocaba I (18), Lopes de Oliveira (17), Laranjeiras (16) e Maria do Carmo (15).
Casos
“Quanto à dengue este ano a situação está bem tranquila, mas não vamos baixar a guarda contra o mosquito e a ações de combate e prevenção vão prosseguir no inverno e também no segundo semestre do ano”, assegura João Ricardo. A incidência atual de dengue é de 46,67 casos por 100 mil habitantes, contra 8.482,58 no mesmo período do ano passado.
Em relação à chikungunya, Sorocaba tem 15 casos confirmados, todos importados, desde julho de 2015. Outros 18 estão sendo investigados. Quanto à zika, são 09 casos positivos e 31 em investigação. Há mais 04 gestantes que apresentaram manchas vermelhas pelo corpo e a SES está no aguardo de resultado do exame. No que se refere à microcefalia em crianças, há 04 notificações em investigação para se descobrir se os casos têm relação com a infecção por zika.