Campanha contra a gripe mostra que gestantes não atingiram meta

Por: Ana Carolina Chinelatto (Programa de Estágio) - Supervisão: Eduardo Santinon, Esdras Felipe Pereira (Programa de Estágio) Supervisão: Eduardo Santinon – esantinon@sorocaba.sp.gov.br

UBSs fazem busca ativa para que pelo menos 80% das grávidas em Sorocaba sejam vacinadas

 

O grupo de gestantes, que faz parte da população de risco da campanha nacional contra a gripe, foi o único que ainda não atingiu em Sorocaba a meta de 80% de imunização estabelecida pelo Ministério da Saúde. De acordo com a prévia da campanha, 73,75% das gestantes foram imunizadas em Sorocaba, o que corresponde à 6.820 mulheres. Porém, de 30 de maio – início das ações – a 1º de junho, Sorocaba chegou ao índice geral de 102,26% do público-alvo imunizado. Isso significa que, da estimativa inicial de integrantes dos grupos de risco (126.423 pessoas), 129.281 foram vacinadas.

Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (3) pela Secretaria da Saúde (SES), por meio da Divisão de Vigilância Epidemiológica (DVE). A vacinação, prevista para terminar nesta sexta-feira (3), prosseguirá ao menos enquanto houver doses disponíveis na rede de saúde do município, isso mesmo que ainda não esteja oficializada a prorrogação da ação em nível nacional.

Grávidas

Para que a meta entre as grávidas seja atingida, a SES orienta que as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) façam uma busca ativa, inicialmente por meio de ligação telefônica. E é esse o trabalho que está sendo realizado na Vila Sabiá, cujo posto de saúde do bairro é um dos que funcionam como Unidade de Saúde da Família (USF).

Conforme a coordenadora da USF, Graziele Cristina Freitas, das 54 gestantes que passam por acompanhamento na unidade, 08 ainda não foram imunizadas. “Nós temos um grupo que se reúne uma vez na semana, que se chama ‘Futura Mamãe’. Durante os encontros, desde que começou a campanha, nós alertamos as gestantes da importância da imunização. Porém, não foi o suficiente”, conta.

Segundo ela, as gestants estão incluídas no grupo de risco pois a imunidade delas é comprometida no período gestacional. “Por fatores hormonais, a mulher fica com a imunidade baixa. Por conta de complicações causadas pela gripe ela pode ser muito prejudicada e o bebê pode, inclusive, nascer prematuro. Por isso é extremamente importante que todas sejam imunizadas”, destaca.

Para que todas as gestantes recebam a vacina, as agentes de saúde, que são responsáveis por grupos distintos de mulheres, entram em contato com cada uma e recomenda que compareça à unidade. “Ontem (dia 2), ligamos para várias que afirmaram que viriam nesta sexta-feira receber a vacina. Mas nós entendemos que há mulheres que têm muita dificuldade de vir até aqui, principalmente pelo tempo avançado de gravidez, por isso vamos até elas”, explica.

Este é o caso de Adriana Cravo da Costa, 39 anos. No sétimo mês da gestação e com quadro de saúde complicado, não seria possível ir até a USF, já que o trajeto é feito sempre a pé. Por isso, Graziele foi até sua residência, no bairro dos Morros, para aplicar a vacina. Adriana conta que ficou agradecida com a atitude. “Eu tenho problema abdominal, minha gestação é de risco. Se não viessem até aqui eu não tomaria a vacina. Agora estou protegida”, comenta.

 

Números

De acordo com a supervisora de área da DVE/SES, Daniela Malaquias de Paulo, o índice geral de imunização no município ultrapassa os 100% por alguns motivos específicos. Um deles é o fato de a estimativa da população que compõe os grupos de risco ser feita com base no último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o que pode apresentar variação.

Outro ponto tem relação com um dos grupos de risco, o de crianças de 6 meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias. “Se uma criança que completou cinco anos recentemente chega para ser vacinada, dificilmente isso vai ser negado”, explica. Daniela afirma que também há casos de pessoas de outras cidades que acabam sendo imunizadas.

Dos grupos de risco, os adultos com mais de 60 anos são os que registraram maior número de doses aplicadas: foram 70.996, o que representa 107,72% da cobertura total prevista (65.906). Em seguida, estão as puérperas, com 1.175 mulheres imunizadas (ou 104,82%) das 1.121 estimadas; crianças de 6 meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias, com aplicação de 36.836 vacinas, ou 103,39% do previsto (35.629); e trabalhadores da saúde, com 15.690 pessoas imunizadas, o que indica 92,58% desse público.

7ª Prévia Influenza

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