Projeto Economia Criativa do Parque Tecnológico capacita 120 empreendedores
Por: Marcelo Macaus
Profissionais das áreas de artesanato, arquitetura e tecnologia da informação e comunicação foram capacitados pelo PTS (Parque Tecnológico de Sorocaba) dentro do Projeto Economia Criativa. A formatura dos 120 alunos do primeiro semestre e a abertura da nova turma foram realizadas na noite desta terça-feira (20), no auditório do PTS.
Uma das formandas era a arquiteta e professora universitária Francine Trevisan Mancini, 38 anos. Sorocabana nata, ela passou dez anos na Capital. Há oito meses retornou à cidade e encontrou no curso ministrado pelo Parque Tecnológico, em parceria o Sebrae-SP, a possibilidade de se recolocar no mercado local de trabalho.
Durante as aulas Francine aprendeu, entre outras coisas, a precificar melhor os projetos que realiza, conheceu noções de marketing voltadas ao seu segmento, às novas realidades da internet e ainda o papel da inovação no mercado de trabalho dos criativos. “Fiz a inscrição no projeto para me atualizar, para melhorar o meu desempenho e pude conhecer o papel da inovação no mercado de trabalho dos criativos”, conta.
Ela, que exerce a arquitetura como profissional liberal há 15 anos, também teve a possibilidade de dividir anseios e angústias com outros colegas. Para mim foi muito importante”, afirma. “Os professores são realmente preparados e, com uma linguagem simples e clara, todos nós pudemos aprender o conteúdo facilmente. Eu recomendo e só tenho a agradecer.”
Foi durante o Projeto Economia Criativa do PTS que Francine desenvolveu conteúdos exclusivos e criou workshops para a área de acabamento na construção civil. “Também por isso fui chamada para dar aulas no Centro Universitário Belas Artes”, acrescenta.
Mercado em ascensão
O presidente do Parque Tecnológico, Roberto Freitas, destaca que, desde o ano passado, o tema economia criativa, que cresce a cada ano e é debatido pelas principais cidades do mundo, vem sendo trabalhado forte. “Nossa função é a de oferecer ao empreendedor a possibilidade de ele enxergar novos negócios e capacitá-los para que possam trabalhar e desenvolver habilidades e conhecimentos da melhor maneira possível”, explica.
O desenvolvimento da economia criativa é um dos eixos de trabalho do PTS e a palestra do diretor-superintendente do Sebrae-SP, Wilson Poit, abrilhantou o evento promovido na noite desta terça-feira (20), complementa Roberto Freitas.
Atualmente, a economia criativa movimenta US$ 2,5 bilhões ao ano e é a que mais cresce. Gera e melhora a renda, emprego, traz impactos positivos nos campos social e ambiental, além de agregar valor intelectual. “A economia criativa é o agente propulsor do bem-estar social, econômico, ambiental e de relacionamento”, completa a prefeita de Sorocaba, Jaqueline Coutinho, que também marcou presença no evento.
A palestra
Coube a Wilson Poit finalizar o evento “Economia Criativa em Conexão” ministrando uma palestra onde abordou a sua história de vida. A aproximadamente 450 pessoas, falou da vida simples que levava – morava em zona rural, numa casa sem energia elétrica, foi vendedor de picolés, entre outras coisas – até se tornar um empresário de sucesso.
Aos empreendedores presentes também disse que é necessário acreditar nas ideias, nos projetos e destacou a importância de um bom planejamento e, acima de tudo, de se manter perseverante. “Quem eu sou. No que eu sou bom. Quem eu conheço”, são as três regras básicas para se tornar um empreendedor de sucesso, segundo Wilson Poit.
Desde 2013, o diretor-superintendente do Sebrae-SP se dedica a projetos de transformação no setor público, com foco na melhoria da eficiência, redução do estado, programas de desestatização e empreendedorismo. É empreendedor focado em estratégias de negócios, especialista e mentor de pequenas e médias empresas.
Também é fundador da Poit Energia, companhia de fornecimento de energia temporária líder de mercado no Brasil, vendida em 2012 para a inglesa Aggreko, líder mundial do setor.
O projeto em números
Ainda durante o evento “Economia Criativa em Conexão”, os formandos do primeiro semestre agradeceram a oportunidade e falaram das experiências obtidas. Todos disseram ter mudado a visão como empreendedor.
Além disso, 88% melhoraram o controle financeiro; 94% ajustaram os preços dos trabalhos que prestam; 92% melhoraram a presença digital, sendo que 20% sequer possuíam presença digital; 70% observaram aumento nas vendas e 73% estão investindo em projetos paralelos ou desenvolveram negócios após o projeto. “Nós, do Sebrae, estamos muito satisfeitos com este projeto e acreditamos que o Parque Tecnológico também está”, afirma a analista de negócios sênior e gestora dos projetos do Sebrae-SP, Malú Salem Cerqueira. “Esta parceria foi realmente um sucesso.”