Ritinha de Oliveira conduzirá tocha pela Av. Barão de Tatuí

Por: Roberto Menna – trmenna@sorocaba.sp.gov.br

Faltando exatos cinco dias para a passagem da Tocha Olímpica por Sorocaba, a ex-jogadora de basquete Rita de Cássia Coelho de Oliveira, popularmente conhecida como Ritinha, vê com entusiasmo a chegada do evento mundial à cidade, do qual participará conduzindo o símbolo máximo do esporte pela Avenida Barão de Tatuí, no Jardim Faculdade.

A sorocabana, de 76 anos de idade, entende que o momento será muito especial, uma vez que se vale de reconhecimento pela contribuição ao esporte brasileiro. Ritinha foi campeã brasileira de basquete em 1957, 1958 e 1959, e ainda detém os títulos de campeã sul-americana no Chile, em 1968, e do mundial no Peru, 1964, atuando pela seleção brasileira. “Recebi a notícia da participação com muita surpresa e emoção, pois não imaginava, neste momento da minha vida, ser lembrada”, diz.

Apesar de bastante reconhecida por ser uma estrela do basquete paulista das décadas de 60 e 70, Ritinha também emprestou sua habilidade no esporte da bola laranja na década anterior, quando disputava por Sorocaba os Jogos Abertos do Interior. Na competição, a atleta de apenas 1,56 metro de altura foi hexacampeã, compensando sua baixa estatura com velocidade e precisão nos arremessos, garantindo espaço nos times paulista e brasileiro.

Momento especial

Ritinha lembra, contudo, que o ano de 1961 foi especial, quando foi eleita pela crítica paulista como a atleta do ano na modalidade. Ainda assim, o ápice de sua carreira foi quando fez sua estreia com a camisa verde e amarela. “Sem dúvida, meu momento mais marcante foi a primeira vez que fui convocada para seleção brasileira, pois é o sonho de todo atleta”, recorda.

A jogadora do Atlético de Votorantim, Esporte Clube São Bento e Corinthians Paulista deixou as quadras em 1973, após 21 anos de dedicação efetiva ao basquete. Sem abandoná-lo definitivamente, tornou-se professora recreacionista e de educação física, trabalhando como funcionária pública até se aposentar, repassando para as gerações seguintes o conhecimento e as técnicas que aprendeu durante a trajetória de sucesso.

Orgulho

Para Ritinha, toda Olimpíada é um evento que traz orgulho para a nação. “Sorocaba deve ver como um privilégio a cidade estar entre as que receberão a passagem da tocha. E participar, para mim, é uma forma de reconhecimento, de um tempo dedicado ao esporte”, finaliza.

No dia 17 de julho, durante o revezamento da Tocha Olímpica por Sorocaba, Ritinha será a 13ª condutora da chama. Ela carregará o artefato por aproximadamente 200 metros dentro do percurso total de 12,4 km, que se iniciará na Avenida Izoraida Marques Peres, no Campolim, e seguirá até o Parque das Águas, no Jardim Abaeté.

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