Sepod promove palestra ‘Lança-perfume e suas consequências’

Por: Isabela Rocha e Laura Souza – Programa de estágio Supervisão: Renato Monteiro

A Prefeitura de Sorocaba, por meio da Secretaria de Políticas Sobre Drogas (Sepod), promoveu nesta terça-feira (19) a palestra ‘Lança-perfume e suas consequências’, ministrada pelo coordenador do curso de biomedicina da Universidade de Sorocaba (Uniso), Eric Barioni. A ação, gratuita, aconteceu pela manhã no Centro de Referência em Educação (CRE), no Alto da Boa Vista e foi assistida por servidores municipais, representantes da segurança pública e pelos integrantes do time de base do Esporte Clube São Bento.

O chefe de divisão de Gerenciamento de Cadastros da Sepod, Alexandre Vieira, diz que a ideia da realização da palestra surgiu após a constatação de que “o uso do ‘lança-perfume’ se tornou uma epidemia”. Segundo o titular da Sepod, José Humberto Urban Filho, a secretaria fez pesquisas na cidade este ano e “foi constatado que, aos finais de semana, em meio as festas que ocorrem em sua maioria na periferia, o uso e apreensão de lança-perfume – produto tóxico desodorizante usado como entorpecente aumentaram significativamente”, explicou.

Na palestra, o biomédico Eric Barioni falou da importância de se evitar o uso dessa substância psicoativa que provoca sérios males à saúde do usuário. Nos casos mais graves, o uso da droga pode levar a óbito, afetando assim não apenas a vida de quem usa, mas também pessoas que fazem parte do ciclo social do usuário.

Riscos do entorpecente

O “lança”, como é popularmente conhecido, é uma droga produzida com solventes químicos altamente corrosivos, como o conhecido “removedor de respingos de solda”. Hoje, como forma de tentar atrair novos adeptos, é somado à produção do entorpecente o uso de diversas essências perfumadas. Ao final, a droga é embalada na forma líquida sob alta pressão, permitindo a evaporação rápida ao entrar em contato com o ar.

O uso inalatório frequente leva à apatia, dificuldades de concentração e deficit de memória. Seu uso pode provocar lesões no fígado, medula óssea, nervos periféricos e rins. O solvente torna ainda o coração mais sensível à adrenalina, aumentando os batimentos sempre que algum esforço extra é necessário, podendo levar à morte.

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