SES prioriza distribuição de quatro tipos de vacina

Por: Eduardo Santinon – esantinon@sorocaba.sp.gov.br

Repasse de doses contra Hepatite B e Antirrábica humana, por parte do Ministério da Saúde, não é suficiente. Estoques de vacinas contra Hepatite A e Varicela também estão baixos

A Divisão de Vigilância Epidemiológica (DVE) da Secretaria da Saúde (SES) de Sorocaba informa que o Ministério da Saúde voltou a atrasar o envio de vacinas contra a Hepatite B e Antirrábica humana e, por este motivo, a distribuição, mais uma vez, está sendo priorizada como forma der garantir o atendimento dos casos de emergência e urgência. O mesmo ocorre com as doses que previnem a Hepatite A e Varicela, cujos estoques da DVE/SES também já estavam baixos.

“Por enquanto não há falta de vacinas. O que ocorre, devido ao estoque baixo, é que está havendo uma priorização na distribuição, até que a situação seja normalizada pelo Ministério da Saúde”, esclarece a supervisora de área da DVE, Daniela Malaquias.

Ela destaca que na última grade de vacinas enviadas a Sorocaba, por intermédio do Grupo de Vigilância Epidemiológica estadual, em 11 de abril, a quantidade de doses ficou abaixo da demanda local. “Por exemplo, de Hepatite B só recebemos a metade do que necessitamos. Já de Antirrábica, não veio nada.” A previsão da DVE/SES é que uma nova grade de doses de vacinas seja encaminhada a Sorocaba até o final da segunda semana de maio.

Enquanto isso, a Divisão encaminhou circular às unidades de saúde para que os responsáveis tomem as devidas providências, no sentido de que não haja falta de vacina. Quanto à Hepatite A e Varicela, a recomendação é que as doses sejam administradas enquanto houver estoques nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Também foi solicitada a elaboração de lista para convocação dos responsáveis, assim que os estoques forem normalizados.

No que se refere à Hepatite B, como o quantitativo existente no estoque municipal é inferior ao consumo médio mensal, o fornecimento está sendo priorizado aos hospitais com maternidade. Já as doses disponíveis nas UBSs devem atender, exclusivamente, às gestantes (início ou conclusão de esquemas em andamento) até o fim do estoque.

Em caráter temporário, as doses de Antirrábica humana devem ser administradas apenas para esquemas de pós-exposição e de reexposição. O quantitativo existente no município encontra-se distribuído pela rede assistencial (UBSs, UPHs, UPA e PAs). A DVE/SES solicitou também que cada UBS faça o levantamento das doses necessárias para que os esquemas de vacinação em andamento não sejam interrompidos. “Se o número de doses na unidade for insuficiente, a ordem é comunicar a Central de Rede de Frio da DVE, para providenciarmos remanejamento”, acrescenta Daniela.

A SES não tem previsão de quanto tempo vão durar as doses restantes desses quatro tipos de vacinas faltantes, o que depende da demanda. A falta de repasses de vacinas aos municípios ocorre desde 2014 e se agravou a partir de outubro do ano passado, devido às constantes falhas nos repasses pelo Ministério da Saúde. “Assim que o repasse das referidas vacinas seja normalizado, encaminharemos informações para suspensão da conduta de priorização”, finaliza Daniela.

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