Vila Carvalho recebe ação de prevenção e controle da Raiva

Por: Marcelo de Almeida Júnior

Em decorrência da identificação de um morcego positivo para a Raiva na Vila Carvalho, a Secretaria de Saúde (SES), por meio da Divisão de Zoonoses, iniciará a partir desta terça-feira (05) uma ação de prevenção e controle da Raiva neste bairro. O trabalho faz parte do Programa Municipal de Prevenção e Controle da Raiva, que conta com a equipe de vigilância de morcegos do município.

De acordo com a Zoonoses, o trabalho será efetuado até sexta-feira (08), com possibilidade de se estender caso não haja condições climáticas favoráveis à realização. Entre as ações, se destaca a busca ativa de possíveis casos de contato humano ou de animais com morcego, bem como a verificação da situação vacinal de cães e gatos da região contra a raiva e a vacinação dos que ainda não receberam a vacina. A ação será desenvolvida em um raio de 500 metros ao redor do local onde foi encontrado o morcego.

A raiva é causada por um vírus que atinge o sistema nervoso, gerando uma encefalite grave. Segundo a veterinária e chefe de divisão da Zoonoses, Thaís Buti, a doença é transmitida dos animais ao homem pela inoculação do vírus presente na saliva e secreções do animal infectado no tecido humano. “A transmissão é feita principalmente através de mordedura, mas arranhões e lambeduras também podem transmitir a doença. Apenas os mamíferos transmitem e adoecem pelo vírus da raiva”, explica a veterinária.

Morcegos são animais com uma enorme importância ecológica, pois em ambiente urbano, a maioria das espécies encontrada come insetos, efetuando um controle destes animais, pois cada indivíduo pode se alimentar de centenas de insetos por noite. Outras são de espécies que comem frutas, importantes na dispersão de sementes e há ainda espécies que comem néctar, favorecendo a polinização de flores. Portanto, matar morcegos de forma indiscriminada é considerado crime ambiental. Porém, morcegos encontrados em situações não habituais são considerados suspeitos e de alto risco para transmissão da raiva, que pode ocorrer por mordidas, arranhões, toque ou qualquer contato direto com humanos e animais. Não são todos os morcegos que têm o vírus, mas qualquer espécie de morcego pode transmitir a raiva, não somente os que se alimentam de sangue. A doença apresenta letalidade de praticamente 100%.

Caso o cidadão ainda não tenha vacinado seu cão ou gato contra a Raiva e não esteja no raio de ação do bloqueio, a Prefeitura de Sorocaba possui um posto fixo de vacinação contra raiva na Seção de Controle Animal, situada à rua Rosa Maria de Oliveira, 345, no Jardim Zulmira, que funciona de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 13h às 16h. O telefone da Divisão de Zoonoses é o (15) 3229-7333, com funcionamento de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. O munícipe também pode ligar no telefone 156 ou registrar a ocorrência no site: www.sorocaba.sp.gov.br/atendimento nos horários não comerciais.

Orientações para a população

- Permitir a entrada dos agentes da Zoonoses em sua residência para orientações e verificação da carteirinha de vacinação dos cães e gatos – caso os animais não estejam vacinados, permitir a aplicação da vacina contra a raiva;

- Nunca tocar em um morcego. Caso o animal esteja caído na sua residência ou na rua, cubra o animal com um balde ou uma caixa, para que nenhum animal doméstico ou pessoa entre em contato com este morcego, assim o risco de transmissão da raiva é reduzido. Caso ele esteja em um cômodo da sua residência, mantenha-o fechado para que ninguém entre em contato com ele. Ligue imediatamente para a Divisão de Zoonoses para a coleta do animal e encaminhamento do mesmo para exame de raiva. Todo morcego encontrado durante o dia, em hora e locais não habituais, caído ou em muros, é um animal suspeito para a raiva;

- Caso haja contato com morcegos, lave o local com água e sabão, e dirija-se imediatamente a um serviço de assistência à saúde para iniciar o tratamento de prevenção da raiva;

- Cães e gatos que entrem em contato com morcegos também devem receber um esquema de vacinação antirrábica, desta forma, tentamos evitar a contaminação destes animais também. Caso seu cão ou gato entre em contato com um morcego, ligue imediatamente para a Divisão de Zoonoses para que se inicie o protocolo de vacinação. Além da vacinação, o animal deverá ficar em observação por um período de seis meses para verificar a presença de sintomas de raiva;

- Em caso de acidentes com cães e gatos, como mordidas e arranhões, lave imediatamente o local com água corrente abundante e sabão e dirija-se para um serviço de assistência à saúde para verificar a necessidade de sorovacinação. O animal agressor deverá ficar em observação por 10 dias quanto a sinais de raiva;

- Acidentes com animais silvestres e animais de produção (cavalos, vacas, ovelhas, cabras, porcos, etc.) também são de risco para a transmissão da raiva, procure o serviço médico para verificar o tratamento necessário.

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